terça-feira, 28 de outubro de 2008


Olha filha...


Olha filha,
eu sei que não foi em mim que plantaram tuas raízes,
eu sei...
Eu não acredito em cegonhas,
mas também não acredito em acasos,

porque eu te quis e te esperei...
Eu acredito é em encontros.

Eu acredito é num fugaz momento,

quando nossos olhos se encontraram,
e você renasceu.
E se não fui o solo onde germinastes,

sou o chão onde crescerás.
E um dia filha, quando partires...

Alçares vôo pela tua estrada...

Talvez então tu tenhas certeza,desse lugar onde,

nas tempestades,tu poderás sempre pousar,

abastecer e tornar a voar.

Adoção um destino em suas mãos

Adoção um destino em suas mãos

Por traz de paredes belas,
Por entre grades e pequenas vielas
Vemos rostos...Faces singelas.
Esperando o amanhã ao lado de uma família bela
em meio a muitas crianças, sempre haverá aquela
que faz a diferença, independente deraça, classe ou crença!
Correndo atraz do tempo perdido
Pagando por um pecado que não cometem,
Tentando achar no tempo
Apenas o que por direito e seu.
Que a pátria mãe gentil,olhe por esta pequena gente, que perdidas pelas
ruas ou em abrigos buscam apenas um lar,uma vida digna e descente.
Que as mães deste Brasil
Tenham amor a estas crianças
pois apesar de sofrerem tanto, em seus
corações ainda existe esperança.
A adoção não um simples ato de caridade
exercer, e sim o destino de muitas
vidas que só dependem de você.

Passo a passo para adotar


Quem pode adotar?


Adultos com mais de 21 anos, independentemente do estado civil, pode ser solteiro, casado, divorciado, ou viver em concubinato. Na hipótese de ser casado ou viver em uma relação de concubinato, a adoção deve ser solicitada por ambos, que participarão juntos de todas as etapas do processo adotivo. Será feita avaliação de estabilidade da união.Qualquer pessoa que seja pelo menos 16 anos mais velha que a criança a quem pretende adotar. A Justiça não prevê adoção por homossexuais. Neste caso, a autorização fica a ctério do juiz responsável pelo processo.


Quem não pode adotar?


Menores de 18 anos. Os avós ou irmãos da criança pretendida. Nesse caso, cabe um pedido de guarda ou tutela, que deverá ser ajuizado na Vara de Família da cidade onde residem. O tutor não pode adotar tutelado.


Quem pode ser adotado?


Crianças e adolescentes com até 18 anos a partir da data do pedido de adoção, órfãos de pais falecidos ou desconhecidos. Crianças e adolescentes cujos pais tenham perdido o pátrio poder ou concordarem com a adoção de seu filho.Maiores de 18 anos também podem ser adotados. De acordo com o novo Código Civil, a adoção depende de sentença de juiz.Crianças e adolescentes com 16 anos a menos que o adotante.Só podem ser colocados para adoção as crianças e adolescentes que já tiveram todos os recursos esgotados no sentido de mantê-los no convívio com a família de origem.


Documentação necessária:


RG e comprovante de residência;Cópia autenticada da certidão de casamento ou nascimento;Carteira de Identidade e CPF dos requerentes;Cópia do comprovante de renda mensal;Atestado de sanidade física e mental;Atestado de idoneidade moral assinado por duas testemunhas, com firma reconhecida;Atestado de antecedentes criminais.


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Adotar um filho legítimo


A percepção nacional sob a adoção infantil ainda revela muitos preconceitos. Os casais que decidem adotar uma criança procuram por recém nascidos, do sexo feminino e sem problemas físicos ou mentais. Tais características demonstram parte dos mitos que envolvem o tema no Brasil. A mesma burocracia que existe para proteger as crianças também torna o processo de adoção mais longo e por isso, segundo dados oficiais, mais da metade dos casais com filhos adotivos passaram por cima da justiça, recorrendo diretamente aos pais biológicos. Porém, o afeto e a cidadania fazem persistir os casais que desejam aumentar a família, como David Berzins, aposentado da São Rafael, casado há 29 anos com Deise Paz Berzins, com dois filhos Douglas e David Jr, que adotaram uma menina. “Foi ela quem nos adotou”, revelam os pais corujas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dizer a Verdade!




É preciso sempre lembrar que o relacionamento pais-filhos, para que seja saudável, deve estar baseado na verdade e no respeito da situação real, o que é importante também para a experiência escolar. A "conjuração do silêncio" não é útil a ninguém.A necessidade de dizer a verdade à criança (não uma única vez, mas por meio de um contínuo diálogo familiar sobre a situação de pais e filhos adotivos) vale para todas as crianças, independentemente da idade com que entraram na nova família. Esse diálogo evitará aquela situação perigosa que surge entre a criança que sofreu e não deseja pensar no seu sofrimento, e o adulto que teme a dor da criança e prefere não enfrentá-la, racionalizando seu comportamento com a "necessidade de não fazê-la sofrer mais uma vez".A manutenção dessa situação não ajuda a criança.
Pesquisas realizadas com jovens adotados que completaram 18 anos revelaram uma correlação estatisticamente significativa entre silêncio na família, baixo êxito escolar e problemas relacionados com a pouca capacidade de aplicação nos estudos.Bowlby nos fala de uma "fadiga de pensar" naquelas crianças que foram levadas pelos adultos a "não pensar" nos eventos ansiógenos da sua vida passada, e que gradativamente perdem sempre mais espaços de elaboração mental, com o temor de que revivam aquelas recordações que 'não devem ser revividas'.
Françoise Dolto, psicanalista francesa, deu neste sentido uma grande contribuição à educação. Reconhecer a legitimidade do direito a uma palavra verdadeira, e do desejo de conhecer, é uma coisa que todo educador (seja ele pai ou professor) deve sempre fazer, ainda quando isso pareça ser mais difícil. Ela nos diz: "As crianças das quais esconde-se a verdade, perdem pouco-a-pouco a sua energia vital, porque não têm a palavra para dizer onde está o seu sofrimento. É preciso dizer logo a verdade para que elas possam viver as emoções da adoção, ao mesmo tempo, com toda a família. Falar com elas a verdade e escutar aquilo que desejam ou podem dizer, do ponto de vista delas. O importante é permanecer em comunicação com os outros. Quando há comunicação, há sempre a possibilidade de prazer, de alegria, com aqueles que falam honestamente, não com aqueles que fingem".
Alguns poderiam dizer que na adoção de recém-nascidos, seria possível "ir levando", sem que ninguém saiba, ainda que os pais sintam que uma eventualidade pode colocar o "segredo" em risco, com os parentes, os amigos, os vizinhos.
Mas, se é verdade que a criança passa a conhecer o mundo e a vida através de seus pais, e se ela percebe a realidade mais por meio daquilo que os pais são do que pelo que eles dizem, cabe perguntar se uma relação baseada na falsidade ajuda efetivamente a criança a crescer, ou se acaba por criar dificuldades para o seu desenvolvimento harmonioso.
Finalmente, pais e professores precisarão compreender que "não falar", na verdade significa falar de uma outra forma, sempre muito confusa para a criança. A não informação é uma informação.
Frente a esta realidade, a escola não pode se mostrar despreparada.